Em entrevista à Rede Record, Bolsonaro dispara contra Haddad: “fantoche do Lula”

A Rede Record exibiu, na noite da última quinta-feira (04), uma entrevista com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), no mesmo horário do debate da Rede Globo; o último antes do primeiro turno das eleições. Durante a conversa com o jornalista Eduardo Ribeiro, Bolsonaro foi apresentado de uma forma menos agressiva do que o habitual e demonstrou um pouco de fragilidade, ainda por causa do ataque sofrido em Minas Gerais.

O candidato foi proibido de participar do debate porque afetaria sua recuperação, de acordo com os médicos.

O anúncio da entrevista revoltou os adversários do capitão reformado. As coligações de Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (MDB) e de Guilherme Boulos (PSOL), além do deputado Wadih Damous (PT-RJ), pediram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que a exibição da entrevista fosse proibida.

Eles alegaram que levar a entrevista com Bolsonaro ao ar infringia as normas de conduta para as televisões. Porém o ministro Carlos Horbach liberou a veiculação da entrevista.

O diálogo aconteceu na residência do candidato, no Rio de Janeiro. A princípio, ele falou sofre o golpe de faca que sofreu e a vontade de estar nas ruas das cidades brasileiras em contato com o povo. Logo depois, atacou seu principal alvo: o Partido dos Trabalhadores. Acreditando que Haddad será seu adversário, num possível segundo turno, ele o chamou de”fantoche do senhor Lula”.

Além disso, o presidenciável acusou o PT pela atual divisão do Brasil entre negros e brancos, ricos e pobres, e, por fim, pais e filhos.

Na segunda parte da entrevista, depois de ter sido interrompida por um enfermeiro para oferecer-lhe água, Bolsonaro falou sobre o movimento encabeçado por artistas, o #elenão, de repúdio à sua candidatura. Em resposta, todos os envolvidos na campanha foram acusados de “mamarem na Lei Rouanet. Todos eles”, afirmou, enfaticamente.

O jornalista Eduardo Ribeiro perguntou se a decisão do juiz Sérgio Moro de levantar o sigilo de parte do acordo de Antonio Palocci com a Polícia Federal poderia afetar o resultado das eleições. Neste momento, o militar surpreendeu e deu uma resposta positiva.

“Sempre há impacto. Palocci já vinha colaborando. Ele foi um homem muito próximo do governo, ele conta as entranhas do poder. Não tem como ele fugir da verdade. Parabéns ao Palocci. Quem não erra como ser humano? Ele tenta corrigir seus erros com essas ações”, disse.

Sobre as críticas em relação ao 13º salário repercutidas pelo seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), ele disse que nunca retiraria direitos e que as palavras foram tiradas de contexto.

Clique aqui e participe do nosso Grupo no WhatsApp