Estudantes de Irecê pesquisam as qualidades nutricionais do caxixe

Um projeto desenvolvido pelas estudantes Ana Lara Fideles e Iorrana Liriel Figueiredo, do curso técnico de Nutrição e Dietética, do Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê, do município de Irecê, no centro norte da Bahia, tem contribuído para demonstrar as qualidades nutricionais do caxixe, um legume característico da região, mas que, segundo elas, é pouco valorizado na culinária local. Durante as pesquisas, as alunas descobriram, por exemplo, que o caxixe é riquíssimo em fibras e pode ser utilizado em deliciosas receitas.

Denominado de ‘Rabic: redescobrindo as biodiversidades do caxixe’, o projeto foi apresentado durante a 7ª edição da Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba), promovida no âmbito do projeto Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado.

“Conheci o caxixe, que também é conhecido por cabacinha, através de minha avó que consumia o legume com regularidade, mas eu não via este produto da região sendo muito divulgado. Começamos a pesquisar e conhecer as diversas propriedades, sendo mais nutritivo que a abóbora”, explica Ana Lara.

Iorrana acrescenta que “o uso do legume é muito benéfico. Têm mais fibras, carboidratos e proteínas que a abóbora, o que a torna muito mais nutritiva para o consumo. Para ter um exemplo, enquanto a abóbora possui 1,0g de proteína, o caxixe possui 2,9g. Em relação às fibras, a diferença também é legal. No caxixe é de 1,9g, enquanto na abóbora não passa de 0,5g. Por isso, acreditamos que redescobrir esse legume pode ser bastante benéfico a todos da região”.

Ana Lara ressalta ainda que o projeto está contribuindo para a valorização do produto. “Esta oportunidade de trabalharmos o projeto é fundamental para nossa aprendizagem dentro do curso, de forma profissional, e no aspecto cidadão, de reconhecermos os valores da nossa região. Então, ficamos muito contentes de resgatar essa biodiversidade do caxixe e poder incentivar o consumo dela para moradores de Irecê e outras regiões”, afirma.

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