Os planos do governo avançaram, e o Conselho Curador do Fundo de Garantia aprovou uma nova modalidade que vai facilitar a compra da casa própria. A ideia é que as famílias pobres possam usar o saldo do seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de uma forma inovadora, e a partir disso financiar um imóvel.
Pensado ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a modalidade FGTS do Futuro passou a ser defendida por membros da equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E na última reunião do Conselho Curador do Fundo de Garantia, em 26 de março, a opção foi finalmente aprovada.
Por meio dela as famílias que vivem em condição de baixa renda poderão usar o valor de depósito na conta do Fundo de Garantia como parte da sua renda. Isso significa que mesmo quem tem poucas chances de conseguir o financiamento porque vive com um rendimento baixo, agora vai apresentar ao banco uma segunda fonte de pagamento das parcelas do financiamento.
Inicialmente, apenas as famílias que se enquadram na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida é que poderão usufruir do FGTS do Futuro. Hoje, o trabalhador de carteira assinada já pode usar o seu saldo do Fundo para comprar um imóvel, mas vale o que ele já tem somado na sua conta.
Como funciona o FGTS do Futuro na compra da casa própria?
Com a aprovação do Conselho Curador do Fundo de Garantia, o Ministério do Trabalho e Emprego que é a Pasta responsável por esse Fundo deve publicar um decreto confirmando a nova modalidade. Por meio desse decreto os bancos começarão a se preparar para aplicar nos financiamentos o uso do FGTS do Futuro.
O trabalhador que solicitar a compra da casa própria por essa modalidade vai se deparar com as seguintes regras:
- Ao solicitar o financiamento imobiliário, o banco vai consultar o quanto a empresa que o cidadão trabalha deposita mensalmente na sua conta do FGTS (valor é de 8% do salário do trabalhador);
- A quantia recebida na conta do Fundo será usada como complemento de renda do cidadão;
- Aprovando a modalidade, assim que o empregador transferir o dinheiro para o funcionário, o banco recebe a quantia no seu lugar com forma de pagamento do financiamento imobiliário;
- Isso não significa que o valor da parcela deve ser exatamente igual ao do depósito no FGTS, mas a quantia que caí no Fundo será um complemento para quitar a parcela.
