O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte (MG), o programa “Gás do Povo”, nova política social voltada ao subsídio integral do botijão de gás de cozinha para famílias de baixa renda.
A iniciativa, que amplia o atual Auxílio Gás, deve alcançar 15,5 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único com renda de até meio salário mínimo. O custo previsto é de R$ 5 bilhões em 2026. O lançamento ocorreu no Aglomerado da Serra, maior favela da capital mineira, com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Como vai funcionar
O benefício será concedido de forma gratuita e proporcional ao tamanho da família:
- 2 integrantes: até 3 botijões por ano;
- 3 integrantes: até 4 botijões por ano;
- 4 ou mais integrantes: até 6 botijões por ano.
A retirada será feita diretamente nas revendas credenciadas, mediante validação eletrônica, sem repasse de dinheiro ao beneficiário. O governo estuda quatro formas de acesso: aplicativo, cartão específico, QR Code retirado em lotéricas e uso do cartão do Bolsa Família.
O frete não está incluído no benefício, ficando por conta do consumidor caso opte pela entrega em domicílio.
Desburocratização
Segundo o ministro Alexandre Silveira, a meta é ampliar o número de postos de revenda e simplificar o processo:
“Vamos sair de 5,4 milhões de famílias atendidas hoje para 15,5 milhões, distribuindo de forma desburocratizada nos 58 mil postos de revenda do Brasil”, afirmou em entrevista recente.
O governo também avalia retomar a logística das chamadas “gaiolas”, estruturas usadas para armazenar e facilitar a distribuição dos botijões.
Quando começa?
O programa deve entrar em operação a partir de novembro, com regulamentação via Medida Provisória (MP) enviada ao Congresso. O “Gás do Povo” integra um pacote de medidas sociais que o governo pretende destacar até o fim do mandato, ao lado da gratuidade na conta de luz e da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A escolha de Minas Gerais para o lançamento é estratégica: o estado tem o segundo maior colégio eleitoral do país e peso decisivo em eleições presidenciais.






