Ao contrário do que muitos ainda acreditam, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) também permite o financiamento de imóveis usados, e as regras para essa modalidade passaram por novas mudanças em 2025, visando ampliar o acesso ao crédito.
Desde 2023, a compra de imóveis usados passou a ser aceita no programa, desde que o comprador atenda aos critérios do MCMV. No entanto, alterações implementadas em 2024 restringiram o acesso para a faixa 3, como a redução do valor máximo do imóvel de R$ 350 mil para R$ 270 mil e a exigência de entrada de até 50%.
Agora, em 2025, o governo federal voltou atrás em parte dessas restrições, aliviando o valor exigido de entrada:
Faixa 3 – Sul e Sudeste:
Entrada mínima caiu de 50% para 35%.
Exemplo: em um imóvel de R$ 270 mil, o valor caiu de R$ 135 mil para R$ 94.500.
Faixa 3 – Norte, Nordeste e Centro-Oeste:
Entrada mínima caiu de 30% para 20%.
Exemplo: de R$ 81 mil para R$ 54 mil.
A faixa 4, criada em maio de 2024, também permite a compra de imóveis usados para famílias com renda de até R$ 12 mil, com juros de 10% ao ano. Já nas demais faixas, os juros variam entre 4% e 8,16%, ainda abaixo da média do mercado (12%).
Para ser elegível ao financiamento de imóvel usado, o comprador deve:
- Não possuir outro imóvel no município desejado;
- Não ter sido beneficiado por programas habitacionais;
- Comprovar renda dentro das faixas estabelecidas;
- Ter capacidade de pagamento comprovada.
Últimos dias para inscrições do Minha Casa Minha Vida
Segundo dados do Ministério das Cidades, em 2024, os imóveis usados representaram 27% dos contratos firmados no programa, o maior percentual da história. Das 583 mil unidades financiadas, 155 mil foram usadas.
Apesar da resistência do setor da construção civil, que alerta para o impacto na geração de empregos e no uso do FGTS, o governo defende que os usados são fundamentais para atender áreas com baixa oferta de novos empreendimentos.
A expectativa agora, segundo especialistas, é de um leve impulso no mercado de usados, mesmo com a limitação do valor financiável. A Caixa Econômica Federal continua sendo a operadora do programa, com avaliação individual de crédito e valores ajustados conforme região e tipo de imóvel.