Chuvas na Bahia provocam 7 mortes e deixam 3.700 pessoas desabrigadas

Após quatro dias de temporal, o domingo foi de chuvas menos intensas e diminuição de alagamentos em algumas cidades da Bahia.

De acordo com dados da Defesa do Civil do Estado, o estado registrou sete mortes provocadas pelas chuvas. Além disso, 70 mil pessoas foram atingidas e 3,7 mil estão desabrigadas.

No entanto, diversas cidades ainda registram alagamentos e comunidades ribeirinhas apontam para a subida do nível dos rios nas regiões do estado mais atingidas pela chuva, especialmente no extremo sul do estado.

Em Amargosa, duas vítimas do soterramento ocorrido na madrugada de sábado foram encontradas mortas. As vítimas foram identificadas como Elita Pereira, de 80 anos, e Eliana Pereira, de 40 anos. As buscas ainda seguem porque um homem identificado como Gildásio Ribeiro, de 89 anos, esposo de Elita e pai de Eliana, também estava no imóvel no momento do soterramento.

Em Medeiros Neto, imagens aéreas registram os estragos causados pela chuva na cidade. De acordo com a prefeitura, a estimativa é de que mais de duas mil pessoas tenham ficado desabrigadas ou desalojadas no município

O município decretou estado de calamidade pública. Ainda segundo a prefeitura, choveu cerca 300 mm no intervalo de três dias, quando a média de chuva esperada na cidade era de 40 mm para o mês de dezembro. Os rios Água Fria e Itanhém transbordaram e a ponte que liga o centro da cidade ao bairro de São Bernardo ficou submersa.

Já em Apuarema, após o rompimento de duas barragens no município de Apuarema, os moradores da cidade começaram a analisar os estragos causados pela força da água. A situação ocorreu na sexta-feira (10), após fortes chuvas. Segundo o prefeito Rogério Costa (PP), 242 pessoas estão desabrigadas na cidade.

Neste domingo (12), moradores relataram momentos de tensão após o rompimento das duas barragens na sexta-feira.

Uma terceira barragem da cidade foi avaliada por técnicos da Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec), do Corpo de Bombeiros e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

De acordo com informações da prefeitura, a barragem, que fica num local mais alto, não tem risco de se romper. Um dreno foi improvisado no local para a água escoar e evitar o rompimento da estrutura.

Em Itamaraju, cidade visitada pelo presidente Jair Bolsonaro neste domingo, o prefeito Marcelo Angenica contabilizou os estragos causados pelas fortes chuvas na cidade, que fica no sul da Bahia. Segundo ele, cerca de 150 casas foram destruídas.

A cidade teve situação de emergência reconhecida pelos governos estadual e federal. Três pessoas morreram em decorrência da chuva, na última quarta-feira (8), quando um barranco deslizou e atingiu seis imóveis na cidade.

As vítimas – duas crianças, de 4 e 9 anos, e o tio delas, um jovem de 26 – estavam em casa quando foram atingidos pela lama e pelos escombros.

“A gente está tendo todo o apoio necessário. O prejuízo foi grande e a gente precisa recuperar nossa cidade. A gente calcula um prejuízo de R$ 40 a R$ 50 milhões, perdemos três vidas humanas, que a gente lamenta muito, foram duas crianças e um adulto. Temos entre 100 e 150 casas destruídas, que precisam ser recuperadas, além de estrada”, estimou ele.

A situação de calamidade por causa das chuvas no sul e extremo sul da Bahia começou a cerca de uma semana. O temporal que atinge as regiões é causado pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é uma faixa de nuvens que se estende desde o sul da região amazônica até a região central do Atlântico Sul.

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