O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou em entrevista ao SBT News na quinta-feira (17) que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) não sofrerá desmembramento e que o atual ministro, Wellington Dias (PT), permanecerá no cargo. Essa decisão do governo veio em meio à especulação e ansiedade em torno da iminente reforma ministerial que estava sendo conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O MDS, uma pasta de destaque por ser responsável pelo programa Bolsa Família e detentora do maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, estava sendo alvo do interesse de diferentes grupos políticos, particularmente do Centrão. A notícia de que o Ministério permanecerá sob controle do PT foi divulgada pelo jornal Valor, que teve acesso a fontes próximas ao tema.
Durante a entrevista, o ministro Rui Costa enfatizou que o presidente Lula assumiu pessoalmente a responsabilidade pela decisão sobre o MDS. Costa esclareceu que o presidente, em reunião com o ministro Wellington Dias, discutiu o lançamento do programa “Brasil sem Fome”, agendado para 31 de agosto, e que englobará visitas do presidente ao Piauí e ao RN nos dias seguintes.
“Olha, o presidente está refletindo. Eu vi [na imprensa] a possibilidade de desmembramento do MDS, essa não é verdade. Ele não vai desmembrar. Ali é um ministério que tem como objetivo central cuidar de quem mais precisa. É um conjunto de ações e políticas que estão interligadas. Não tem como uma coisa ser feita sem a outra”, afirmou Rui Costa, afastando qualquer especulação sobre a divisão da pasta.
O ministro da Casa Civil deixou claro que, apesar das especulações, o MDS permanecerá íntegro e que outras possibilidades poderiam ser consideradas em relação à reforma ministerial em andamento.
As declarações de Rui Costa vieram em um momento crucial, enquanto o presidente Lula analisa e pondera sobre a composição de seu novo governo e como distribuirá os ministérios entre os membros do Centrão. Com o compromisso de manter a coesão e a eficácia das políticas sociais, o presidente decidiu preservar a unidade do Ministério do Desenvolvimento Social, garantindo que suas diversas ações e programas permaneçam coordenados em benefício dos cidadãos mais vulneráveis do país.